quinta-feira, 10 de maio de 2012

Objetos de guerra - parte 11



A guerra era uma atividade constante na região que abrange, hoje, o norte do Amapá e parte da Guiana Francesa. Além dos conflitos entre grupos indígenas, havia os confrontos com os colonizadores franceses e portugueses, caçadores de escravos, piratas e empreendedores, ávidos das riquezas naturais da região.
No final do século XVI, são mencionadas guerras localizadas na região setentrional do Amapá, que se davam entre grupos de língua Aruak e Karib. A importância destas guerras pode ser medida pela sua presença em diferentes versões de um mito que narra a guerra entre os Palikur e Galibi. Nestes relatos, aparecem os artefatos aqui expostos e que os artesãos Palikur continuam fabricando, com base na memória coletiva destes fatos históricos.
A narrativa mítica menciona também as “armas espirituais”, utilizadas pelos pajés, como o famoso Uruçu (“acima dele, só Deus”, diz um especialista de Kumarumã), que combatia os inimigos graças ao auxílio de seus karuãna, de sua capacidade de metamorfose e conhecimentos de plantas para a fabricação de venenos mortais.
Faziam parte, ainda, do cenário guerreiro a ornamentação – a pintura corporal, a plumária, a decoração dos escudos de madeira –, os gestos e, especialmente, os desafios guerreiros cantados com o acompanhamento das flautas de osso. Como dizem os índios, “eles se abusavam”.

Imagem e texto retirados do site http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/guerra/
 

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