sábado, 29 de março de 2014

Por que o dia 19 de abril é o Dia do Índio?

Em 1940, o 1º Congresso Indigenista Interamericano, reunido em Patzcuaro, México, aprovou uma recomendação proposta por delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México.
Essa recomendação, de nº 59, propunha:
1. o estabelecimento do Dia do Índio pelos governos dos países americanos, que seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino;
2. que seria adotado o dia 19 de abril para comemorar o Dia do Índio, data em que os delegados indígenas se reuniram pela primeira vez em assembléia no Congresso Indigenista. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.
Pelo Decreto-lei nº 5.540, de 02 de junho de 1943, o Brasil adotou essa recomendação do Congresso Indigenista Interamericano. Assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelos Ministros Apolônio Sales e Oswaldo Aranha, e o seguinte o texto do Decreto:


O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoçãqo da data de 19 de abril para o "Dia do Índio", decreta:
    Art. 2º- Revogam-se as disposições em contrário.
A recomendação de institucionalização do "Dia do Índio" tinha por objetivo geral, entre outros, outorgar aos governos americanos normas necessárias à orientação de suas políticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação das culturas indígenas. Desde, então, existe a comemoração do "Dia do Índio", às vezes, estendida por uma semana, a "Semana do Índio".

Imagens: Google



http://www.museudoindio.gov.br/


sexta-feira, 28 de março de 2014

Duas grandes exposições vão marcar a reabertura do Museu do Índio

“No caminho da miçanga - um mundo
que se faz de contas”, sob curadoria da
antropóloga Els Lagrou, vai marcar a reinauguração
do Casarão do Museu, depois
da reforma que inclui a instalação
de um novo sistema de ar condicionado
central. A mostra é resultado de uma parceria
institucional entre o Museu do Índio,
o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
da UFRJ, a Fundação Banco do Brasil e o
Instituto Nacional de Cultura do Peru.
Na exposição, a presença e a utilização
da miçanga nos continentes Africano, Asiático
e Americano, com ênfase para o Brasil
e a Amazônia Peruana. O público terá
a oportunidade de conhecer, por exemplo,
a incorporação desse tipo de material nas
manifestações estéticas e rituais de 14 etnias
brasileiras, entre elas os Kayapó, os
Karajá, e os Krahô , além das peruanas Shipibo,
Ashaninka e Awajun.

ASHANINKA – O poder da beleza
Outra atração prevista para a reabertura
do Museu do Índio será a exposição dedicada
aos Ashaninka (AC) - tema da quarta
edição do Programa Índio no Museu.
Nos espaços expositivos Museu das
Aldeias e Muro do Museu, os frequentadores
vão conhecer, em mostras etnográfica
e fotográfica, toda a potencialidade
da arte corporal e do poder da beleza que
 se manifesta no universo dessa etnia. A
parceria direta com os índios é uma das
prioridades dessa iniciativa que tem como
objetivo a documentação e a divulgação
da cultura material indígena. A curadoria
é assinada pelos pesquisadores Peter Beysen
e Sonja Ferson.
As imagens mostram a riqueza da arte
corporal Ashaninka e a preparação de seus
corpos para a guerrear e seduzir. Também
estão na mostra chapéus, carimbos e desenhos,
além de adornos corporais e roupas, como o Kitarentse - túnica longa que comunica
corpo e cosmos e os Txoxiki - grandes
colares feitos com sementes.

Acompanhe a programação e os projetos
do Museu do Índio no site institucional
e nas redes sociais.












http://www.museudoindio.org.br/divulgacao/museu-ao-vivo





quarta-feira, 26 de março de 2014

ÍNDIOS NO BRASIL( continuação)

Quem são

Na região Norte o estado com o maior número de indígenas é o Amazonas representando 55% do total da região.

Os povos indígenas estão presentes tanto na área rural quanto na área urbana. Sendo que, cerca de 61% dos indígenas estão concentrados na área rural. A região que concentra a maior população em números absolutos é a região nordeste com 106.150 mil indígenas.


A região nordeste conta com cerca de 25,5% da população e possui no estado da Bahia a maior concentração de indígenas.


A terceira região com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste. Sendo que o estado do Mato Grosso do Sul concentra 56% da população da região.


As regiões com menor número de indígenas são a Sudeste e a Sul, nessa ordem, sendo São Paulo no Sudeste e o Rio Grande do Sul no Sul os estados com maior número de indígenas em suas regiões.


O povo Tikuna, residente no Amazonas, em números absolutos, foi o que apresentou o maior número de falantes e consequentemente a maior população. Em segundo lugar, em número de indígenas, ficou o povo Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul e em terceiro lugar os Kaingang da região Sul do Brasil.

                                                                                                                         http://www.funai.gov.br/



Os povos indígenas e a ditadura militar em debate no Museu do Índio

No dia primeiro de abril, às sete da noite, o Museu do Índio será palco de uma mesa-redonda com tema inédito no Rio de Janeiro:
"Os povos indígenas e a ditadura militar – a questão indígena de 1964 até hoje". Durante o encontro será analisada a questão da violência cometida contra os índios no período. Na ocasião haverá exposição de jornais da época e exibição de vídeo sobre o tema.
A mesa será formada por pesquisadores de renome, com destaque para o primeiro Guarani Kaiowá doutor em antropologia, Tonico Benites. Também vai estar presente, o vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, Marcelo Zelic. O encontro vai contar, ainda, com a participação do professor da Unirio e Coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da UERJ, José Ribamar Bessa Freire e do professor da Universidade Federal da Grande Dourados, Neimar Machado de Souza. O professor em História Regional e Populações da Universidade Federal da Fronteira do Sul, Cesar de Miranda e Lemos será o mediador da mesa.
O encontro será realizado no Museu do Índio,  dentro da programação do evento  "50 anos do golpe de 1964", organizado por universidades e instituições de pesquisa do Rio de Janeiro – CPDOC/FGV, UERJ, UFF, UFRJ, UNIRIO, UFRRJ, PUC – Rio, com o objetivo de refletir e debater sobre o golpe civil-militar que completa 50 anos no dia 1º de abril de 2014.  
A mesa redonda será dirigida ao público em geral, em especial, aos estudantes universitários e profissionais da área. Entrada grátis.
Dia 01/04/2014  -  19 horas
http://www.museudoindio.org.br/
Comunicação Social/ MI
26/03/2014

terça-feira, 25 de março de 2014

ÍNDIOS NO BRASIL

Quem São

Desde 1500 até a década de 1970 a população indígena brasileira decresceu acentuadamente e muitos povos foram extintos. O desaparecimento dos povos indígenas passou a ser visto como uma contingência histórica, algo a ser lamentado, porém inevitável. No entanto, este quadro começou a dar sinais de mudança nas últimas décadas do século passado. A partir de 1991, o IBGE incluiu os indígenas no censo demográfico nacional. O contingente de brasileiros que se considerava indígena cresceu 150% na década de 90. O ritmo de crescimento foi quase seis vezes maior que o da população em geral. O percentual de indígenas em relação à população total brasileira saltou de 0,2% em 1991 para 0,4% em 2000, totalizando 734 mil pessoas. Houve um aumento anual de 10,8% da população, a maior taxa de crescimento dentre todas as categorias, quando a média total de crescimento foi de 1,6%.




Um dado importante foi o aumento da proporção de indígenas urbanizados.

A atual população indígena brasileira, segundo resultados preliminares do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, é de 817.963 indígenas, dos quais 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Este Censo revelou que em todos os Estados da Federação, inclusive do Distrito Federal, há populações indígenas. A Funai também registra 69 referências de índios ainda não contatados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição indígena junto ao órgão federal indigenista.


>>FORAM REGISTRADAS NO PAÍS 274 LÍNGUAS INDÍGENAS<<


Com relação às 274 línguas faladas, o censo demonstrou que cerca de 17,5% da população indígena não fala a língua portuguesa.

Esta população, em sua grande maioria, vem enfrentando uma acelerada e complexa transformação social, necessitando buscar novas respostas para a sua sobrevivência física e cultural e garantir às próximas gerações melhor qualidade de vida. As comunidades indígenas vêm enfrentando problemas concretos, tais como invasões e degradações territoriais e ambientais, exploração sexual, aliciamento e uso de drogas, exploração de trabalho, inclusive infantil, mendicância, êxodo desordenado causando grande concentração de indígenas nas cidades.

Hoje, segundo dados do censo do IBGE realizado em 2010, a população brasileira soma 190.755.799 milhões de pessoas. Ainda segundo o censo, 817.963 mil são indígenas, representando 305 diferentes etnias. Foram registradas no país 274 línguas indígenas.


Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 305.873 mil, sendo aproximadamente 37,4% do total.



http://www.funai.gov.br

terça-feira, 18 de março de 2014

KITS E PEQUENAS MOSTRAS PARA EMPRÉSTIMO



O Museu do Índio está, no momento, desenvolvendo novas exposições e, portanto,  fechado à visitação . Você pode acompanhar a reabertura do Museu através do site: www.museudoindio.gov.br . Ainda assim, para dar continuidade à relação do Museu com seu público, os materiais de empréstimo continuam disponíveis às instituições que os solicitam e que, desta forma, desenvolvem trabalhos sobre a temática indígena.  
À partir  deste ano, o Museu do Índio  oferece duas modalidades de empréstimo:

1. Pequenas mostras e exposições: São conjuntos  de objetos e fotos  adaptáveis a diferentes espaços e que se propõem a divulgar a diversidade cultural dos povos indígenas. 
público alvo: público em geral
período de empréstimo: de 2 a 6 meses
Objetivo: ampliar o alcance das exposições do Museu do Índio.

 2. Kits de emprestimo: kits de fotos e/ou objetos  destinados ao uso em sala de aula, como instrumento de suporte aos professores da Educação Infatil ao Ensino Médio. Consulte a lista dos produtos oferecidos aqui no nosso Blog na janela " Museu que você pode levar para casa".
público alvo: estudantes de diferentes segmentos
período de empréstimo: uma semana
Objetivo: Fornecer às escolas informações atuais e de qualidade sobre os povos indígenas do Brasil.
Para agendar ou esclarecer dúvidas sobre  empréstimos envie e-mail para emprestimo.mi@gmail.com que responderemos dando-lhe todas as orientações necessárias.