sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pescaria: pesca | armas de arremesso - parte 4

Armas de arremesso
As armas de pesca são muito comuns no Uaçá, variando em dimensões e nos tipos de ponta. São confeccionadas em caniço e emplumadas, na extremidade, com penas de arara, garça, papagaio e mutum. Têm pontas de ferro velho batido sobre fogo e reciclado em pontas de azagaia, arpões e lanças; ou pontas de madeira marapinima, com a forma apropriada ao uso: serrilhada para animais pequenos, farpada para peixes, rombuda para aves.

Imagem e texto retirados do site http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/astronomia/

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Grupo de trinta Fulni-ô se apresenta até domingo no MI






Os cantos e as danças tradicionais Fulni-ô (PE) são atração esta semana no Museu do Índio. Até domingo(29/04) o grupo de trinta integrantes, mostra um pouco da sua cultura, em apresentações ao ar livre, que acontecem sempre a partir das 15h30. O programa é gratuito.

Os Fulni-ô
Atualmente, cerca de 3.600 Fulni-ô vivem em aldeias no estado de Pernambuco. A família lingüística da etnia é o Ia-tê.

NUCOM
25/04/2012









Turé: xamanismo e turé | caxiri- parte 3



Na cosmologia dos Povos Indígenas do Oiapoque há dois domínios de morada de seres diversos: Este Mundo, onde estão todos os seres visíveis, e o Outro Mundo, lugar das pessoas invisíveis e localizado sob os rios, lagos, mares, montanhas ou no firmamento. Tais pessoas, chamadas de Karuãna, possuem forma exterior de animais e plantas e são vistas como gente apenas pelos pajés. Estes as descrevem como mulheres e homens muito bonitos, donos de belos paramentos, cantos e grafismos doados aos índios através dos pajés, os únicos capazes de lidar com os Karuãna e de transitar livremente entre os dois Mundos. Todo poder dos pajés provém dos Karuãna a quem se associam a fim de combater as enfermidades provocadas por outros Karuãna. Como retribuição por esse serviço devem oferecer periodicamente aos seus espíritos auxiliares uma grande festa, com muita dança, cantos e caxiri em abundância.
O Turé é realizado com este propósito entre setembro e novembro, quando as chuvas escasseiam. Inicia-se em um fim de tarde com os cantos dos mastros, do caxiri e dos bancos entoados dentro do círculo cerimonial montado para a ocasião, o lakuh, acompanhados de clarinetes que emprestam o nome à festa. Tudo tem um sentido dentro do lakuh e todos eles se referem ao Outro Mundo. O mastro central é por onde descem os Karuãna que chegam pelo ar para participar da festa e são vigiados por Warami, a pomba-Karuãna disposta no topo do mastro. É também onde os Karuãna descansam quando não estão dançando ou bebendo caxiri com seus anfitriões. Os bancos são os próprios Karuãna cujas formas, pinturas e grafismos são sonhados pelos pajés antes do início dos preparativos do ritual. Já os cantos são uma espécie de convite e homenagem às pessoas invisíveis chamadas para participar da grande festa onde dançam e bebem por dois dias homens, mulheres, velhos, jovens e Karuãna.

Imagens e texto retirados do site
http://oiapoque.museudoindio.gov.br/publicacoes/

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Museu do Índio: ponto de encontro das mais diferentes culturas

Os Kamayurá do Parque Indígena do Xingu (MT) , os Guarani Kaiowá (MS) e os Fulni-ô (PE) participaram, no Museu do Índio, da programação comemorativa do Dia do Índio (19 de abril). A instituição abriu as suas portas para um encontro de diferentes etnias que apresentaram ao público variadas manifestações culturais.
Jovens indígenas, da Reserva Guarani Kaiowá de Dourados , cantaram rap para expressar a realidade social que vivenciam em sua Aldeia Bororó. Já os Kamayurá e os Fulni-ô apresentaram danças e cantos de sua comunidade.
Para Wary kamayurá, foi um verdadeiro intercâmbio cultural. O evento ajudou o seu grupo a conhecer outros parentes com culturas diferentes. “Nós moramos no mato, não temos muito contato com os brancos. Eles – os Guarani – convivem mais com os brancos. A música deles é muito linda. Fala da história deles. “
O cantor Guarani Kaiowá, Kevin Peixoto, do Grupo Brô MC’s , disse que foi muito bom encontrar seus irmãos no Museu do Índio. “A cultura deles é bem diferente da nossa: o jeito como se vestem, as suas pinturas, os seus cantos e as suas danças. Foi muito legal conhecer outros povos.”
A Semana do Índio aconteceu de 19 a 22 de abril, no Museu do Índio, e as fotos do evento estão disponíveis aqui .
Nucom/MI
24/04/2012

Vida Cotidiana e Ritual entre os Povos Indígenas do Oiapoque - parte 2


Imagem retirada do site
http://www.agenciaamapa.com.br/noticia/26969/
No extremo norte do país, no Estado do Amapá, moram os povos Karipuna, Galibi, Galibi Marworno e Palikur. Somam uma população de, aproximadamente, 5 mil indivíduos. Poliglotas, boa parte deles se comunica em vários idiomas. Além das línguas indígenas Galibi e Palikur, utilizam o patoá como língua comum, o português para comunicação com a população brasileira e o francês com os vizinhos da Guiana Francesa.
O intercâmbio histórico entre índios e não índios, no baixo Oiapoque, fez com que os quatro povos indígenas atuais da região desenvolvessem características comuns a partir de uma mesma tradição cultural. O intenso contato não apagou as especificidades de cada grupo, que mantém uma identidade própria, historicamente construída, e configurações sociais, políticas e religiosas específicas.
Habitando uma mesma região em que a savana e os campos alagados predominam, mas onde há também floresta tropical de terra firme, os povos indígenas do Oiapoque desenvolveram modos particulares de interagir com este ambiente. Segundo as narrativas indígenas, toda esta paisagem é habitada por seres humanos, animais e vegetais, e também seres "do outro mundo", que se manifestam pela intermediação dos pajés. Um mundo predominantemente aquático, cuja cosmologia privilegia os seres sobrenaturais que habitam o fundo das águas. Região que os antigos viajantes cartógrafos denominavam de "país sob as águas".
Os povos indígenas do Oiapoque são o tema desta exposição (A Presença do Invisível/MI). Pretende-se revelar suas culturas, seus saberes, suas tecnologias, sua vida ritual e cotidiana. As peças apresentadas são de fabricação recente e criação contemporânea. Foram encomendadas a artesãos especialmente para esta exposição. Também são apresentadas peças antigas do acervo etnográfico do Museu do Índio, para realçar variações e continuidades no tempo.
O mundo dos povos indígenas do Oiapoque, que não se limita ao plano visível, porque pessoas, objetos e espíritos se relacionam amplamente, é aqui apresentado em toda sua riqueza de manifestações.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Oiapoque: um país sob as águas - parte1

O blog Míndioescola está começando mais uma série sobre os indígenas brasileiros. Dessa feita vamos conhecer os grupos do Oiapoque. A exposição A Presença do Invisível, aberta à visitação pública no Museu do Índio, mostra mais sobre a cultura desses povos.


Os povos indígenas do Oiapoque, apresentados nesta exposição, vivem na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, no Estado do Amapá. São os Karipuna, Galibi, Galibi Marworno e Palikur, que habitam 36 aldeias e localidades adjacentes nas Terras Indígenas Uaçá, Galibi e Juminã. Estas Terras Indígenas, demarcadas e homologadas, configuram uma grande área contínua, cortada a oeste pela BR-156, que liga Macapá a Oiapoque.
A paisagem típica da região é de savana e campos alagados, banhados por três grandes rios, o Uaçá, o Urukauá e o Curipi, além de inúmeros afluentes, lagos e igarapés. Entre os rios, prevalece a floresta tropical de terra firme, com árvores de grande porte e muitas palmeiras, onde se destacam as montanhas Cajari, Carupina e Tipoca, referências físico-cosmológicas para os habitantes da região.
Os índios do Oiapoque exploram esses nichos ecológicos, alimentando-se basicamente de peixe, farinha de mandioca e frutas. Conforme a época do ano, o cardápio é variado com as carnes de tracajá, camaleão, pássaros e animais caçados na floresta. Exímios produtores de farinha de mandioca, comercializam o excedente, no Oiapoque, em troca de produtos industrializados.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Brô MC's Rap Indígena


Juntos - Bruno, Clemerson, Charlie Peixoto, Kelvin Peixoto, Deejay Gio Marx e Dani formam o primeiro grupo de rap indígena do Brasil, criado em 2008, por isso despertam tantos interesses e não decepcionam.

“Eju Orendive”, a música mais executada do grupo no Youtube é a síntese do trabalho. O clipe, gravado pela Cufa (Central Única das Favelas) mostra jovens índios com o rap no meio da aldeia, entre muitos rostos indígenas.

Ao invés dos carrões e motos potentes dos rappers norte-americanos, o Brô MC’s aparece em bicicletas. A letra também é de protesto, fala de preconceito, de discriminação, de falta de oportunidades, e de como é ser invisível em uma sociedade onde índio não é tratado como gente por muitos.

“Chego e rimo o rap guarani kaiowá. Você não consegue me olhar e se me olha não consegue me ver”, revela a tradução.

Mas os meninos também deixam boas mensagens. “Vamos nós todos, índios, festejar. Vamos mostrar para os brancos que não há diferença e podemos ser iguais”.

O antropólogo Diógenes Cariaga reafirma que o maior mérito do Brô MC’s é se adequar sem deixar de ser índio” e para exemplificar isso cita trecho de outro rap do grupo: “Agora nossa rima vai em guaxiré”, dança tradicional guarani kaiowá.

Com essa mescla, o que os meninos querem mostrar é que “nós somos índios e nossa voz nunca vai se calar”, repete Bruno.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

19 DE ABRIL DIA DO ÍNDIO



HOJE O MUSEU DO ÍNDIO ESTARÁ APRESENTANDO CANTOS E DANÇAS DE VÁRIAS ETNIAS COMO  KAMAYURÁ,  FULNI-Ô E KAIOWÁ. VENHA CONHECER UM POUCO MAIS DA CULTURA INDÍGENA.

Índios viram rappers para valorizar a língua e cultura guarani em MS

 

Brô MC's é formado por quatro jovens que cantam músicas na língua nativa.
Segundo a Cufa, é o único do gênero que canta em guarani.

Em busca da divulgação da língua guarani, quatro indígenas da aldeia Jaguapiru Bororó em Dourados, cidade a 225 quilômetros de Campo Grande, formaram um grupo de rap que tem como diferencial o uso de letras no idioma nativo. A música é utilizada como forma de expressão e, segundo especialistas, revela que a língua se mantém preservada.
Bruno Veron de 18 anos, Clemerson Batista de 19, Kelvin Peixoto de 20 anos e Charlie Peixoto de 19, batizaram o grupo de Brô MC's, criado por eles em 2009.
O historiador Antônio Brand explica que o guarani é bem preservado porque os jovens nas aldeias dessa etnia, em Mato Grosso do Sul, são alfabetizados no idioma original antes de aprenderem a falar português. Mesmo o ritmo não sendo tradicional, ajuda na valorização da cultura.
“É da maior importância o esforço para valorizar o guarani, a partir do fato de que eles juntam um ritmo não indígena com o guarani. Isso mostra que a língua é dinâmica e está viva nas aldeias do estado”, disse Brand ao G1.
Brand afirma que mais da metade da população indígena é formada por adolescentes de até 14 anos. Nesse sentido, o rap tem um papel importante por proporcionar o encontro da luta contra a violência com a valorização da cultura dos indígenas.
Forma de expressão
As letras cantadas pelos Brô MC's falam do cotidiano vivido da aldeia. Algumas têm partes cantadas em português. Veron é o líder do grupo e conta que o gosto pelo rap surgiu por meio de um programa de rádio. “Eu escutava os raps no rádio e queria fazer a diferença. Hoje nós fazemos letras que preservam nossa cultura e envolvem os indígenas com a sociedade em geral”, disse.

O rapper afirma que os jovens da aldeia têm se espelhado no grupo. Por conta disso, as lideranças indígenas perceberam que a música pode ser uma ferramenta interessante no combate à violência. “É uma responsabilidade muito grande”, conta Veron.
Sucesso
Será lançado em breve o segundo álbum da carreira dos jovens rappers. Além de terem um trabalho já lançado, os jovens já se apresentaram em diversos eventos, incluindo a posse da presidente Dilma Roussef.

O próximo disco, de acordo com o empresário dos Bro MC's, terá 97% do repertório composto por canções em guarani e contará com a participação de outros rappers brasileiros.
Grupo de rap foi formado em aldeia de Dourados, MS (Foto: Divulgação/Cufa)colar  na foto

Imagem e texto retirados do site

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Casal indígena se conhece por intermédio da internet



Enviado por kamayuramaster em 18/03/2010 19:28:23 (4559 leituras internas)

O casal se conheceu depois que a filha de Tori adicionou Gasodá como amigo no site de relacionamentos Orkut. Mas só depois de um ano é que ela tomou a iniciativa de convidá-lo para uma conversa pelo MSN Messenger, em fevereiro do ano passado.

"No começo era só amizade, depois ele quis mais que amizade", conta ela.

Morando em uma aldeia em Alta Floresta do Oeste (RO), a cerca de 350 km da cidade de Cacoal, onde vive Gasodá, Tori disse que o casal se encontrou em uma visita dela ao centro urbano em abril.

O casamento foi no início deste ano.

"Na nossa reserva, tanto faz jovem ou adulto, nenhum conhece muito a internet", diz Tori. "Mas quando se fala em computadores eles ficam muito animados, têm vontade de saber mais. Quando eles vão à cidade, eles vão e ficam só olhando, não chegam a tocar, eles têm medo de tocar e quebrar."

Ambos concordam que a internet, se usada em excesso, pode prejudicar a cultura indígena. Por outro lado, a rede é uma ferramenta fundamental para a busca do conhecimento e a luta indígena por mais direitos.

Gasodá usa a si mesmo como exemplo: "Eu me interesso pela área de turismo e procuro saber que tipos de gastronomia outros povos indígenas de outros países usam."

"Na América Central e Caribe há vários tipos de ecoturismo indígena. Então para me espelhar na experiência desses povos indígenas, ou para um dia, quem sabe, instalar esses mesmos projetos nos Suruí, eu procuro saber como eles fizeram para chegar a esse projeto que é um sucesso naquela região."

Para Gasodá, que tem mais de 650 amigos no Orkut, a rede pode ainda por cima "quebrar o gelo" do primeiro contato entre pessoas desconhecidas.

"Eu conheço muitas pessoas, meus parentes, por meio da internet, porque a gente conversa sobre assuntos indígenas pelo MSN. E quando a gente acaba participando de um evento em que a gente se encontra, parece que já se conhece há bastante tempo", afirma.

"Então se torna mais fácil a amizade. É só chegar e cumprimentar, ah, você que é fulano, dá um abraço. É como se fosse uma amizade antiga."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u708815.shtml

Imagem e texto retirados do site

terça-feira, 17 de abril de 2012

Os Kamaiurá



Os Kamayurá têm seu próprio site. Saiba mais acerca da cultura


Segundo os Kamaiurá, seus antepassados vieram de Wawitsa, região situada no extremo norte do Parque (precisamente onde desembocam os principais formadores do Rio Xingu para constitui-lo) e ao lado de Morená, palco central das ações míticas e “centro do mundo” para eles. É possível que essa ainda seja a principal referência para se definirem enquanto grupo no espaço e no tempo.
A história do contato dos Kamaiurá com a sociedade não indígena remonta a 1884, com a expedição de Karl Von den Stein. Daí por diante, várias expedições percorreram a região em visitas intermitentes e de curtas. Em 1942, com a criação do órgão federal Fundação Brasil Central, inicia-se a abertura de estradas e o estabelecimento de acampamentos na área. Em 1946, são os Kamaiurá atingidos por essa penetração e passam a ter contatos regulares com os membros da expedição Roncador-Xingu, liderada pelos irmãos Villas-Bôas. Finalmente, em 1961, o território que habitam converte-se em Parque Nacional, hoje subordinado à Funai (Fundação Nacional do Índio).

Imagem e texto retirados do site http://www.kamayura.org/modules/news/

RECEITAS INDÍGENAS

Huicí Manduí ‘Rereguá   
(farofa de milho e amendoim)


Imagem retirada do site
http://come-se.blogspot.com.br/2008_02_17_archive.htm
Os Guarani prepararam o huicí manduí ‘Rereguá enquanto prato trivial e, ainda, segundo eles, com fins medicinais, para recompor as energias após longas caminhadas ou atividades físicas.

Os Guarani localizam-se, em território brasileiro, nos estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A mulher Guarani debulha o milho maduro e o soca no pilão. Em seguida, peneira o produto e o põe sobre uma chapa para torrar. Torra também o amendoim e soca a mistura no pilão, até obter uma farinha fina.

Sugestão:
Passe o milho e o amendoim torrados num processador ao invés de utilizar o pilão. Acrescente açúcar mascavo ou outros ingredientes a gosto.

Fonte:
Depoimento do cacique João da Silva, da Aldeia Sapukay (Angra dos Reis)

Mani Motsá
                                       (mingau de banana)

Imagem retirada do site
                                              
O mingau Marubo pode ser elaborado a partir de diferentes alimentos, como buriti, aipim e banana-inajá ou pacovão.

As bananas maduras são descascadas e cozidas em pouca água. Com um tridente de pau são amassadas até que atinjam a consistência de mingau.

Sugestão:
Substitua a banana-inajá por banana maçã ou d´água. O mingau pode ser doce, acrescentando-se açúcar ou mel, ou salgado. Neste caso, faça um refogado com os temperos de sua preferência (cebola, alho, tomate, cheiro verde) junte ao mingau e sirva com peixe.

Fonte:
“Receitas da Culinária Marubo”, Boletim Museu Emílio Goeldi, 1989

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Guarani Kaiowá e Kamayura na semana comemorativa do Dia do Índio no MI

EVENTOS

A semana comemorativa do Dia do Índio acontece no Museu do Índio de 16 a 22 de abril com diversas atrações. Durante o dia haverá apresentações de rap do grupo Brô MC’s, formado por quatro Guarani Kaiowá (MS). Os jovens da Aldeia Bororó, na reserva de Dourados, usam o estilo de dança como forma de manifestar seus anseios e a realidade social que os envolvem .
A programação especial inclui, ainda,  danças e cantos tradicionais Kamayura (Parque Indígena do Xingu) e o lançamento dos livros “Sociedade e Improviso”, de Jorge Pozzobon e “O que habitava a boca de nossos ancestrais”, de Lucy Seki, ambas editadas pelo Museu do Índio.

Grupo Brô MC’s
O grupo de rap que, desde 2008, canta músicas em português e em guarani, língua materna do povo indígena Guarani Kaiowá, é formado por Clemerson, Bruno, Kelvin e Charlie, moradores da reserva indígena em Dourados, Mato Grosso do Sul.


Grupo indígena Kamaiurá (Kamayura)
Os Kamaiurá constituem uma referência importante na área cultural do Alto Xingu, em que povos falantes de diferentes línguas compartilham visões de mundo e modos de vida bastante similares.
Segundo eles, seus antepassados vieram de Wawitsa, região situada no extremo norte do Parque do Xingu.
A família linguística é Tupi-Guarani e a população soma 467 indivíduos.




Confira a programação da semana comemorativa do Dia do Índio no MI

Dia 16/04(segunda-feira)
09h30 e 15h30 – apresentação de canto e danças Kamayurá


Dia 17/ 04(terça-feira)
09h30 e 15h30 – apresentação de canto e danças Kamayurá
19h – lançamento dos livros “Sociedade e Improviso”, de Jorge Pozzobon e “O que habitava a boca de nossos ancestrais”, de Lucy Seki


Dia 18/04(quarta-feira)
9h30 – apresentação de canto e danças Kamayurá


Dia do Índio 19/04(quinta-feira)
09h30 e 15h30 – apresentação de canto e danças kamayurá
18h30 – apresentação do grupo de rap Mc’s Brô da etnia Guarani Kaiowá


Dia 20/04(sexta-feira)
09h30 e 15h30 – apresentação de canto e danças Kamayurá
18h30 – apresentação do grupo de rap Mc’s Brô da etnia Guarani Kaiowá


Dia 21/04(sábado)
25h30 – apresentação de canto e danças Kamayurá


Dia 22/04(domingo)
16h - apresentação do grupo de rap Mc’s Brô da etnia Guarani Kaiowá








NUCOM/ MI
12/04/2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A CULINÁRIA INDÍGENA - II

PESQUISA

*      A mandioca é a base fundamental da alimentação dos índios, ingerida principalmente em forma de beiju, e tem seu consumo muito ligado a ritos e cerimônias. O peixe ocupa o segundo lugar, vindo depois o milho, a caça e outros produtos agrícolas com pequenas variações de grupo para grupo.

*      A coleta de frutas complementa a alimentação indígena.

*      Foram muitas as coisas que aprendemos com os índios e que passaram a fazer parte de nossos costumes e que passaram a fazer parte de nossos costumes. Eles nos ensinaram todo um processo de trabalho na apuração de polvilho de mandioca brava, no uso do guaraná, do cacau e da erva-mate.

*      A agricultura constitui o principal meio de obtenção de alimentos dos Tupi. Entre as espécies cultivadas, além da mandioca – alimento básico-, algumas não se destinam ao sustento, como o fumo, o algodão, o urucu e o jenipapo, mas estão ligados ao contexto cultural.

*      Em setembro, os índios do Alto Xingu iniciam suas roças.

*      Quando a criança Tenetehara não se alimenta normalmente, ou por falta de leite materno, usa-se um chá de erva-doce ou um mingau de mandioca, feito de farinha especialmente preparada para este fim.

EM ABRIL:

*      Os Munduruku , da fronteira Pará-Amazonas, preparam o solo para o plantio, o que podem realizar também em maio.

*      Os Macuxi, de Roraima, fazem o plantio, logo após as primeiras chuvas.

*      Os Krahó, do norte de Goiás, realizam o rito da colheita da batata-doce; além da corrida com grandes toras, faz-se a troca de grandes pastelões de mandioca e carne entre as famílias de noivos ou de casais sem filhos.

*      No leste do Pará, onde moram os Gaviões, os ouriços da castanha-do-pará começam a cair em menor quantidade até o fim da safra em junho.

*      Em Roraima, as estações se invertem: aí chove, quando na Região Centro-Oeste e áreas adjacentes está para se iniciar a seca.


PESQUISA ESCOLAR
NUAPE/SEAC


quinta-feira, 5 de abril de 2012

A CULINÁRIA INDÍGENA - I

     


 As sociedades humanas, através das suas culturas, classificam e ordenam o universo a sua volta. A escolha dos alimentos e a maneira pela qual são transformados em comida e servidos são produtos da cultura, expressando a identidade de cada grupo. A culinária de uma sociedade diz muito a respeito de seu povo e de sua relação com o mundo.

Comer é um ato social como tantos outros. É um elemento fundamental para o conhecimento dos povos.

        COZINHA INDÍGENA

Cada uma das sociedades indígenas brasileiras compõe sua culinária a partir do seu conhecimento e inserção no meio ambiente e de seus padrões culturais. As receitas são variadas, assim como as regras de etiqueta.

A cozinha indígena, de um modo geral, é ao ar livre. A maioria dos pratos é preparada sobre fogueiras, assada sob a terra, envolvida em folhas de bananeira, etc. O tempero parece insosso ao paladar ocidental.
Fonte: Apresentação do catálogo da mostra “O cru e o cozido: cozinha do Brasil”, por Arilza Almeida, 1990.

NUAPE/SEAC
PESQUISA ESCOLAR

quarta-feira, 4 de abril de 2012

FELIZ PÁSCOA




O BLOG MINDIOESCOLA DESEJA AOS SEUS LEITORES
 VOTOS DE UMA HARMONIOSA PÁSCOA ( E CHEIA DE CHOCOLATES TAMBÉM).

O evento Mundo em Movimento será apresentado no Memorial dos Povos Indígenas


Será inaugurado, dia 10 de abril, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, o evento Mundo em Movimento: Saberes Tradicionais e Novas Tecnologias,sob curadoria do Diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho. No local, serão apresentadas exposições sobre 55 etnias, incluindo as que integram o Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas do Museu do Índio – PROGDOC.
As mostras, que poderão ser vistas em diversos espaços do Memorial, vão exibir o universo indígena do Brasil e sua produção artística e cultural, além de uma ampla coletânea de registros audiovisuais. Os saberes e rituais das 55 etnias, serão apresentados de forma lúdica, por meio de objetos, textos, fotos, vídeos, músicas e falas. Entre as curiosidades, o público poderá conferir um corredor sonoro com 14 monitores portáteis e interatividade para escuta de 18 sonoridades – falas e cantos – indígenas.
Entre os vários grupos que serão apresentados no evento, terão destaque os Tikmũ’ũn - também conhecidos como Maxakali (MG) - pela resistência e vitalidade com que preservam os seus saberes musicais e a sua linguagem.
Na ocasião, será lançado, ainda, o Programa Indio&Arte, do Museu do Índio/ FUNAI, com a abertura de uma exposição de vendas no Espaço Galeria do Memorial dos Povos Indígenas. Ali, o público vai encontrar diversas peças como cerâmicas, cestarias, adornos e grafismos.
O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas – PROGDOC:
O Museu do Índio (RJ) coordena, desde 2009, um esforço nacional de registro e documentação para proteger, reforçar e revitalizar as muitas línguas e culturas indígenas existentes no território brasileiro. O trabalho é divido em quatro áreas de atuação – Prodoclin, Prodocult, Prodocerv e Prodoc Som – e desenvolvido em conjunto com o Instituto Max Planck, da Holanda, e várias universidades e centros de pesquisa do País, com o apoio da Fundação Banco do Brasil e da Unesco.
O Programa Índio e Arte:
Índio e Arte é um programa de salvaguarda do patrimônio cultural indígena voltado para a preservação da cultura material dessa população. As suas ações objetivam fomentar a documentação e o registro dessa produção em projetos caracterizados pela aliança entre documentação, protagonismo indígena e comércio justo.

Evento: Mundo em Movimento - Saberes Tradicionais e Novas Tecnologias
Curadoria : José Carlos Levinho (Diretor do Museu do Índio)
Inauguração: 10 de abril de 2012
Visitação: a partir de 11 de abril de 2012
De terça a sexta-feira, das 9 às 18horas;
Memorial dos Povos Indígenas – Eixo Monumental Oeste,
Praça do Buriti - Brasília/DF
sábados, domingos e feriados, das 10 às 18horas. Telefones: (61) 3342-1157 / 3344-1154 /
3342-1156
Grátis

terça-feira, 3 de abril de 2012

EVENTOS SEMANA DO ÍNDIO 2012


Foto: Mário Vilela/FUNAI

Quadro de atividades
Abril
Grupo Brô MC’s

Jovens Indígenas da Reserva de Dourados-Aldeia Bororó, usam da música hip hop,               para manifestarem seus anseios, e a realidade social que os envolvem.

O grupo de rap que canta músicas em português e em guarani, língua materna do povo indígena Guarani/Kaiowá, desde 2008. Formado por Clemerson e Bruno, Kelvin e Charlie, que moram na reserva indígena em Dourados, Mato Grosso do Sul,


Dia -  Horário 
Atividade
Realizador
Local
Dia 19 - 18h30
       Hip hop
Grupo Brô MC’s
pátio
Dia 20 - 18h30
Hip hop
Grupo Brô MC’s
pátio
Dia 22 – 16h
Hip hop
Grupo Brô MC’s
pátio

Grupo indígena Kamiurá (Kamayura)

Os Kamaiurá constituem uma referência importante na área cultural do Alto Xingu, em que povos falantes de diferentes línguas compartilham visões de mundo e modos de vida bastante similares.

Segundo os Kamaiurá, seus antepassados vieram de Wawitsa, região situada no extremo norte do Parque (precisamente onde desembocam os principais formadores do Rio Xingu para constitui-lo) e ao lado de Morená, palco central das ações míticas e “centro do mundo” para eles. É possível que essa ainda seja a principal referência para se definirem enquanto grupo no espaço e no tempo.

Famíla linguística - Tupi-Guarani
Quantos são: 467 (Ipeax, 2011)

Dia -  Horário 
Atividade
Realizador
Local
Dia 16
09h30 e 15h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins
Dia 17
09h30 e 15h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins
Dia 18 – 09h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins
Dia 19
09h30 e 15h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins
Dia 20
09h30 e 15h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins
Dia 21 – 15h30
Canto e danças
Kamayurá
jardins


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Novos Materiais de Empréstimo

O Museu do Índio elaborou novos materiais de empréstimo :
  • Kit Indumentária Karajá - um conjunto de peças e adereços  da etnia Karajá, usados em festas e rituais dessa etnia.


  • Kit Maxacali - Bolsas e peças do vestuário da etnia Maxacali, feitos a mão sem agulhas, com diferentes tramas.

  • Kit Guarani -  diversas peças da etnia Guarani.


EDUCAÇÃO DIFERENCIADA AINDA É REALIDADE DISTANTE



Imagem retirada do site
 http://g1.globo.com/platb/natureza-isa/2010/08/20/caminhos-
para-a-educacao-diferenciada-no-xingu


Os avanços na área de Educação Escolar Indígena não podem ser negados e as últimas duas décadas trouxeram conquistas importantes, mas grande parte da responsabilidade por elas foi a pressão e articulação dos povos indígenas. Lideranças e movimentos que apóiam as comunidades indígenas reconhecem também uma maior sensibilidade do poder público no final dos anos 80. Muitas escolas foram construídas e a orientação também mudou permitindo escolas bilígües ou plurilíngües, interculturais de direito e de fato, com autonomia político-pedagógica, e com grande participação de professores que são indígenas.

Entre os problemas apontados pelos indígenas e profissionais que atuam na área è que, estas são conquistas quantitativas, como o crescimento da oferta de vagas em todos os níveis de ensino e o aumento de recursos, porém sem garantia de continuidade e qualitativamente insuficientes.

Existem ainda grandes desafios para uma educação indígena aceitável de qualidade, apontam os dados de um estudo feito pela coordenação das Organizações indígenas da Amazônia (COIAB/2008). Segundo os dados, na maioria das escolas indígenas na Amazônia, continuam os velhos problemas que vão desde ausência de alimentação e material escolar à falta de prédios escolares e de professores qualificados. Os maiores problemas na gestão das políticas de educação escolar indígena são basicamente de cinco tipos: o não cumprimento das leis que estabelecem os direitos indígenas no campo da educação, a incapacidade das estruturas político-administrativas e jurídicas de atuar em regime de colaboração, com os sistemas municipais, estaduais e federal, atuando de forma desarticulada. Há também a falta de recursos financeiros e técnicos para ações fundamentais ao bom desenvolvimento da educação escolar indígena; insuficiência ou falta de recursos como FUNDEB e a Merenda Escolar, que em muitos casos, simplesmente não chegam ou não são aplicadas nas escolas indígenas e , finalmente, a falta de controle social das políticas de educação escolar indígena.

Revista Brasileiros de Raiz Ano I Nº 4/Educação/Opinião