sexta-feira, 29 de junho de 2012

Presidenta da Funai recebe documentos de lideranças indígenas durante a Rio+20


Marta Maria Azevedo (ao centro) junto aos ministros Gilberto Carvalho e Izabella Teixeira recebem documento das mãos de Raoni Metuktire


O documento final do Acampamento Terra Livre, que aconteceu na Cúpula dos Povos e reuniu cerca de 1.700 indígenas de todo país, foi entregue à presidenta da Funai, Marta Maria Azevedo, em reunião na última quinta-feira (21), no Riocentro, durante a Rio+20. O documento foi entregue por uma liderança do povo Kayapó, Raoni Metuktire, que esteve acompanhado de outras 14 lideranças indígenas e foi recebido também pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A presidenta da Funai recebeu ainda, no Riocentro, pelas mãos de uma das lideranças do povo Xavante, Damião Paridzané, uma carta solicitando a implementação do plano de desintrusão da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, e a imediata ocupação integral do território pelo povo Xavante.

Na década de 1960, a TI Marãiwatsédé foi tomada do povo Xavante por empresa agropecuária e, posteriormente, petrolífera. Durante a Eco-92, os Xavante conseguiram o compromisso de ter a terra devolvida, porém, devido a invasão de grileiros e posseiros, nunca conseguiram voltar a ocupar totalmente seu território. Durante a Rio+20, a Funai divulgou a informação de que irá apresentar, dentro de um mês, o plano de desintrusão da TI Marãiwatsédé.

http://www.funai.gov.br/

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Deficientes visuais do Benjamin Constant visitam o Museu do Índio





Alunos do Instituto Benjamin Constant visitaram na tarde desta terça-feira(26/06) o Museu do Índio.  O grupo de 27 deficientes visuais, foi recebido pela equipe do Serviço de Atividades Culturais do MI - SEAC. Durante a visita eles conheceram a cultura indígena  por meio  do manuseio de peças etnográficas pertencentes à instituição. Além disso, os alunos do Benjamin Constant, percorreram  a exposição " A Presença Invisível", atualmente apresentada no Casarão do Museu do Índio.
NUCOM/ MI
26/06/2012 
http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=5&ID_M=1307

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cultura do grafismo indígena Wai-Wai é mapeada na Caravana Pro Paz



25/06/2012
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Neide Enuri Wai-Wai, 37 anos, trabalha com a confecção de peças artesanais que reproduzem a cultura indígena Wai-Wai, e com essa atividade provêm o sustento de sua família. Josué Wai Wai, 23 anos, também é artesão e custeou toda a sua formação educacional a partir da comercialização das peças que retratam o grafismo da cultura Wai-Wai. Os dois são moradores de Oriximiná, na região do Baixo Amazonas, e participaram das atividades ofertadas pela Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva neste domingo, último dia de ação no município.


A Fundação Curro Velho reuniu os dois artesãos para um trabalho de aperfeiçoamento das técnicas de grafismo Wai-Wai, que serão utilizadas nas oficinas ministradas a crianças e adolescentes na sede da instituição, em Belém. Neide e Josué também foram cadastrados no banco de dados do Instituto de Artes do Pará (IAP), que vem fazendo um levantamento da produção artística em todas as suas vertentes no Estado. Os Wai-Wai vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, situada na fronteira do Pará com o Amazonas. A população tradicional soma aproximadamente 1.250 indivíduos.


Neide Wai-Wai deixou a Aldeia Takará, no Baixo Amazonas, em busca de melhores condições de educação para os três filhos. Ela desenvolveu a técnica do grafismo Wai-Wai observando o trabalho feito pela mãe. “Na aldeia, ainda crianças nós aprendemos a fazer artesanato, enquanto os homens fazem cestos e bancos”, explica. Quando mudou para a cidade de Oriximiná com sua família ela começou a utilizar as técnicas aprendidas na aldeia para a produção e comercialização de peças artesanais, como forma de garantir o sustento dos quatro filhos.


Foi com essa atividade que ela conseguiu educar os quatro filhos, inclusive o mais velho, que cursa Medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA), e da segunda filha, que faz Enfermagem na Universidade Estadual do Pará (UEPA). Nenhum dos quatro filhos de Neide se interessou em aprender o ofício para dar continuidade ao trabalho feito pela mãe. A tradição corre o risco de se perder já na próxima geração da família.


Josué Wai Wai concluiu o Ensino Médio e pretende cursar uma faculdade de Letras, para trabalhar como intérprete do idioma Wai-Wai para o Português. Ele também adquiriu a técnica do grafismo por intermédio do para filho e faz disso seu modo de vida mesmo não morando mais na aldeia Mapuera Grande, onde vai frequentemente para conseguir as sementes com as quais confecciona suas peças. Ele tem mulher e uma filha pequena, e sustenta aambas com a renda oriunda da comercialização de suas peças.


O artista plástico Cláudio Assunção, da Fundação Curro Velho, explica que o trabalho realizado com os indígenas durante a Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva vai servir para o registro da técnica de composição do grafismo que pode ser utilizado nas oficinas da Fundação. Os traços e as cores também podem ser transpostas para outras técnicas e utilizadas em produtos como camisas, agendas, biojóias e artigos de decoração feitos a partir de material reciclado. “Esta pode ser mais uma fonte de renda e garantia de transmissão da técnica da cultura indígena local”, explica.



http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=29&ID_M=1305

terça-feira, 26 de junho de 2012

Grupo de rap indígena Brô MC´s

O Brô MC´s rompe as barreiras do preconceito e as fronteiras de Mato Grosso do Sul, levando suas rimas em Português e Guarani para mostrar a realidade das aldeias Jaguapirú e Bororó para todo o Brasil.


“...eu vou fazer a diferença, vou cantar rap, porque através do rap a gente vai ser visto e vai ser ouvido...”
“...quando a gente lançou nosso CD lá na aldeia ninguém se interessava...a gente não era reconhecido na comunidade e os mais velhos não entendiam bem o queria dizer o rap...”
“...depois eles começaram a entender a luta pelas causas indígenas, seus direitos o que passa dentro da aldeia...  a inspiração vem das aldeias...e através disso a gente escreve as letras...”

Trechos da entrevista realizada no Museu do Índio em abril de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Google lança mapa cultural de indígenas




19/6/2012 - 16:13
Rondônia
Da Redação, com AFP noticias@band.com.br

Projeto foi apresentado durante o fórum empresarial paralelo à Rio+20

O Google lançou neste sábado, dia 16, uma plataforma que mostra os traços culturais da etnia indígena Suruí, que habita o coração da Amazônia brasileira. O projeto foi apresentado por representantes do Google e indígenas durante o fórum empresarial paralelo à conferência Rio+20.

"Isso é algo único, representa toda uma nova etapa para o Google", explicou à imprensa Rebeca Moore, engenheira do Google Earth e líder do projeto.

Já o chefe dos Suruís, cacique Amir, disse estar bastante emocionado por poder mostrar a cultura suruí ao mundo. O novo aplicativo contém imagem em 3D da selva onde vivem, assim como narrações animadas de suas tradições e costumes.

O território suruí está cercado por uma área bastante desmatada e, segundo o Chefe Amir, suas terras são ameaçadas por madeireiros ilegais. Por isso, em 2007, o indígena viajou para a Califórnia, onde estabeleceu uma associação com o Google para registrar a realidade da zona.

"É uma ferramenta de trabalho que estamos utilizando para fazer denúncias. Temos uma equipe de monitoração", explicou. Esta equipe é formada por jovens indígenas, que com seus smartphones, registram a região.

A tribo suruí possui 1.300 integrantes e habita uma extensão de 240.000 hectares no estado amazônico de Rondônia.

Fonte:  http://www.ariquemesonline.com.br/



 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Evento da FUNAI paralelo à Rio + 20 no Museu do Índio






                             Carolina Xavante (PA) ao centro da foto

Cerca de duzentas pessoas, estiveram  presentes no último dia do evento paralelo durante a Rio + 20, organizado pela FUNAI no Museu do Índio/ RJ. Representantes da FUNAI e lideranças indígenas participaram da mesa de debates. Foram discutas as políticas de proteção da FUNAI às Terras Indígenas e a situação das TIs Marltede, pertencente à étnica Xavante-(MT) e Cachoeira Seca, onde vivem os Arara (PA). Na ocasião, a representante Carolina Xavante aproveitou para expor questões relativas às  terras, à sobrevivência dos rituais Xavante e ao reflorestamento , além de destacar a dificuldade de ocupação da TI, mesmo após a demarcação.
http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=5&ID_M=1303

NUCOM/ MI
21/06/2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

Oficina de Papel Artesanal Nhandé Kuaxia





O público que visitar, nesta terça-feira(19/06) o Museu do Índio, encontra na lojinha do MI, um Lounge Guarani Mbya, como evento paralelo durante a Rio+20. O horário será das 14h às 17h30min. A atração estará na lojinha até quinta-feira(21/06). Entrada franca.Confira a programação e participe.


PROGRAMAÇÃO
Dia19/06, das 14h às 17:30
Dias 20 e 21/06, das 10 às 17h30min
Local: lojinha do Museu do Índio
Rua das Palmeiras 55 – Botafogo / RJ
Atividade gratuita

Apresentação da produção do papel artesanal
Mostra de venda dos produtos da Oficina de Papel Artesanal Nhandé Kuaxia
Bate-papo com os artesãos Guarani


Os Guarani Mbyá, do município de Bracuí/Angra dos Reis, entram no clima da Rio+20 e mostram para os visitantes do Museu do Índio, em Botafogo, tudo o que sabem sobre sustentabilidade, reciclagem, biodiversidade e economia “verde”.

O grupo de jovens da aldeia Sapukay, Terra Indígena de Bracuí, abre para o público do Museu do Índio a Oficina de Papel Artesanal Nhandé Kuaxia. Os visitantes poderão conhecer o processo de produção do papel artesanal, que é obtido a partir da reciclagem de aparas acrescidas de fibras vegetais como a bananeira, utilizando o método antigo do papel feito à mão.

No lounge, da lojinha do Museu, os visitantes conversam com os artesãos enquanto apreciam os cadernos, agendas e blocos artesanais e saboreiam o chimarrão preparado pelos próprios Guarani.
NUCOM/ MI
18/06/2012


segunda-feira, 18 de junho de 2012

MUSEU DO INDIO na RIO +20




Presidenta da FUNAI, Marta Maria do Amaral Azevedo (ao centro), e o diretor José Carlos Levinho, na abertura do evento ‘Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas”, no Museu do Índio (RJ), com a participação de lideranças indígenas

MI na RIO +20:
abertura de seminário e mostra
fotográfica


Acontece, hoje, no Museu do Índio (RJ), a abertura do evento paralelo à Rio +20 “Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, organizado pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI. Pela manhã, a presidenta do órgão, Marta Maria do Amaral Azevedo, e o diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho, inauguraram a exposição “Povos Indígenas, Meio Ambiente e Reciprocidade” que ficará aberta ao público até o próximo dia 22.
No evento, a Presidenta da FUNAI, Marta Maria do Amaral Azevedo, destacou a construção da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas e o seu amplo processo de consulta às populações Indígenas. Para ela, o encontro, no Museu do Índio, é uma contribuição para a reflexão do futuro do Brasil: um País de inclusão que respeite a sociodiversidade.
As terras indígenas representam, hoje, um total de 12,4% das áreas mais bem preservadas do território nacional.

Nucom/MI
14/06/2012

http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=5&ID_M=1285

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lideranças Kayapó (MT) visitam o Museu do Índio na abertura da Rio +20


Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe, conhecidos
internacionalmente por sua luta pela preservação da
Amazônia e dos povos indígenas,
em reunião com o diretor
do Museu do Índio, José Carlos Levinho,
nesta quarta-feira, 13 de junho.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) preparou uma programação paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorre no período de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro. O objetivo é colocar na pauta do evento o tema da gestão territorial e ambiental, com foco na sustentabilidade dos povos indígenas.

Os eventos da Funai acontecem nos dias 14, 15, 19 e 21/6 (ver programação abaixo), no Museu do Índio, localizado em Botafogo. Durante a abertura, no dia 14, às 9h, será apresentado o processo de construção da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), cujo decreto foi assinado recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, em 5/6, durante o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Contará ainda com o lançamento do livro Diálogos entre Estado e povos Indígenas no Brasil: a participação indígena no processo de construção da PNGATI, que reúne as experiências acumuladas entre 2008 e 2010 que subsidiaram a construção da política. O evento contará com a presença da presidenta da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo.

Durante a programação paralela, também serão discutidas questões sobre etnodesenvolvimento e segurança alimentar e nutricional dos povos indígenas, visando fomentar o debate sobre alternativas que garantam, a estas populações, maior qualidade na alimentação e mecanismos de autossustentabilidade de suas terras a partir das especificidades de cada etnia.

Os outros temas relativos à gestão territorial e ambiental que serão tratados abordam 1) os programas de compensação socioambiental na visão dos povos indígenas Waimiri-Atroari e Tapeba e 2) a política de proteção de terras indígenas. O encerramento acontece no dia 21/6 com uma mesa de diálogos focando as terras indígenas Marãiwatsédé/MT e Cachoeira Seca/PA.

A programação paralela da Funai inclui uma exposição durante todo o período do evento. Haverá serviço gratuito de ônibus, diariamente, entre os locais oficiais da Rio+20 para o Museu do Índio, localizado na Rua das Palmeiras, 55, em Botafogo, Rio de Janeiro/RJ.

Portal Gestão Ambiental

No evento paralelo da Funai na Rio + 20, haverá o lançamento do Portal Gestão Territorial de Terras Indígenas. O objetivo é tornar acessível, de forma dinâmica e interativa, um conjunto diverso de informações sobre o tema da gestão ambiental e territoriala fim de que povos e organizações indígenas e indigenistas, agentes de governo e sociedade civil possam consultá-las.

Entre as informações a serem disponibilizadas no site, estão: legislação relacionada ao tema; calendário de reuniões e eventos; documentos de governo e organizações indígenas e indigenistas abertos ao público; catálogo de experiências e iniciativas; descrição dos instrumentos de gestão ambiental e territorial; publicações; notícias; registros fotográficos e multimídias relevantes.

O portal ficará hospedado no site da Funai: http://www.funai.gov.br/
Ascom/Funai
11/06/2012
Atualizado por Nucom/MI
13/06/2012

Os agendamentos de visitas guiadas ao Museu estão suspensos temporariamente





Os agendamentos de visitas foram suspensos até o 2º semestre de 2012. Agradecemos a compreensão e sugerimos que continuem a acompanhar o nosso blog onde estaremos atualizando informações acerca das visitas.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Jogos verdes indígenas começam nesta quinta na Rio +20


11 de Junho de 2012 - 11h06



Sob o manto da sustentabilidade, os Jogos Verdes Indígenas “Celebração dos Povos – Terra é Vida” acontecem com a presença de 400 índios brasileiros e outros 1,2 mil estrangeiros, que tomam a cidade do Rio de Janeiro para construir a Kari-Oca. Essa é a participação indígena brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Há duas décadas, na Eco-92, os indígenas nacionais ergueram uma Kari-Oca na Colônia Juliano Moreira, no Campus da Fiocruz Mata Atlântica, em Jacarepaguá (RJ). Além da discussão de questões ambientais, a meta dos índios é demonstrar, de 12 a 22 de junho, seus esportes tradicionais como fonte de qualidade de vida e respeito aos valores humanos.

A solenidade oficial de abertura dos Jogos Verdes Indígenas será às 17h desta quinta-feira (15.06), na Aldeia Kari-Oca. No dia anterior à abertura, durante o pôr do sol, está programada uma cerimônia espiritual de acendimento do Fogo Sagrado Ancestral Indígena.

Iniciativa do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, os Jogos Verdes Indígenas têm apoio do governo federal, por meio de recursos financeiros do Ministério do Esporte e logísticos da prefeitura do Rio de Janeiro. A Kari-Oca conta com o mesmo espaço físico e ambiental de 92, dessa vez, administrado pela Fiocruz.

Na infraestrutura disponibilizada estão quatro ocas construídas pelos povos do Alto Xingu (MT) com a madeira dos arcos originária dessa tribo. Cerca de 20 guerreiros indígenas da etnia foram responsáveis pela montagem da Kari-Oca em território urbano. Duas dessas unidades de habitação serão especiais: a primeira, a eletrônica, será no sistema de alta tecnologia. Batizada de “techno-oca”, abrigará computadores conectados à internet para uso pessoal e transmissão online das atividades. A outra, a da sabedoria, será o ponto de referência das principais lideranças indígenas espirituais, para discussão de questões ligadas a sustentabilidade, economia verde e combate à pobreza.

“Na oca das tecnologias, o índio terá o perfil de beneficiário, utilizando a ferramenta para intercâmbio de conhecimentos, com o intuito de elaborar um documento que será apresentado ao final da conferência. Os indígenas terão que gerar conteúdo”, informou o diretor do Comitê Intertribal Marcos Terena, ao ressaltar que a ideia é facilitar a participação de etnias que não estarão presentes in loco.

Indígenas do exterior - Entre os visitantes, estão indígenas da Bolívia, Peru, Paraguai e Equador, além da etnia Maia, da América Central, Miskitos, da Nicarágua, e as primeiras nações do Canadá. Na Kari-Oca os povos visitantes também apresentarão seus costumes.

Jogos Verdes na Rio+20

A participação desportiva brasileira na Rio +20 envolve a realização de jogos de identidade cultural na conferência, para mostrar ao mundo a riqueza indígena e o potencial de organização de megaeventos esportivos, culturais e de sustentabilidade. Desta forma, o Ministério do Esporte promoveuma versão reduzida dos Jogos dos Povos Indígenas, com a participação de 400 índios de 20 etnias.

Além de competições esportivas e tradicionais, exposição de artesanatos e debates, na última edição dos jogos, no final o ano passado em Porto Nacional, no Tocantins, foi registrada a participação recorde de 39 etnias com a participação de 1,3 mil atletas-índios.

Modalidades

Durante os oito dias de Jogos Verdes Indígenas estão programadas competições em três modalidades esportivas: arco e flecha, arremesso de lança e cabo de força. Ao longo desse período também foram incluídas demonstrações de oito modalidades tradicionais - Jãmparti, Jawari, Kagot, Kaipy, Katukayawa, Ronkrã, Tihimore e Xikunahaty - e das quatro tipos de lutas corporais Aipenkuit, Huka-Huka, Iwo e Idjassú.

Fonte: Ministério do Esporte


http://www.museudoindio.org.br/template_01/default.asp?ID_S=29&ID_M=1283

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cientistas acham sinais de cidades ancestrais no Xingu



Cientistas disseram ter encontrado evidências da existência de comunidades urbanas tão complexas quanto as da Europa Medieval ou as da Grécia Antiga na região do Alto Xingu, na Amazônia.

Em um artigo publicado na revista científica Nature, pesquisadores da Universidade da Flórida afirmaram ter encontrado sinais da existência de vilarejos e cidades cercadas por muralhas, conectadas por redes de estradas e organizadas ao redor de grandes praças centrais.

Há também sinais de atividades agropecuárias extensivas, inclusive possíveis resquícios de criações de peixes.

Essas aglomerações urbanas datam de antes da chegada dos europeus, em 1492, e estão quase completamente cobertas pela floresta tropical, segundo os cientistas.

Descendentes

Os pesquisadores disseram que, apesar de os indícios da existência dessas cidades estarem quase invisíveis, foram identificados por membros da tribo Kuikuro, que habita a região.

Esses índios, segundo os cientistas, são descendentes diretos dos povos que habitaram essas cidades.

Os cientistas também usaram imagens de satélite e tecnologia de navegação por GPS para mapear essas comunidades antigas, em um trabalho realizado ao longo de uma década.

Os pesquisadores afirmaram que um aspecto importante dessa descoberta é a constatação de que uma região da Amazônia antes considerada intacta na verdade já foi cenário de extensiva atividade humana no passado.

Conforme os cientistas, essas descobertas poderão fornecer lições para estimular o desenvolvimento sustentável da região.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080828_amazonianature_ac.shtml

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Funai realiza evento paralelo durante a Rio+20


11 de junho de 2012

A Fundação Nacional do Índio (Funai) preparou uma programação paralela à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20),  que ocorre no período de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro. O objetivo é colocar na pauta do evento o tema da gestão territorial e ambiental, com foco na sustentabilidade dos povos indígenas.

Os eventos da Funai acontecem nos dias 14, 15, 19 e 21/6 (ver programação), no Museu do Índio, localizado em Botafogo. Durante a abertura, no dia 14, às 9h, será apresentado o processo de construção da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), cujo decreto foi assinado recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, em 5/6, durante o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Contará ainda com o lançamento do livro Diálogos entre Estado e povos Indígenas no Brasil: a participação indígena no processo de construção da PNGATI, que reúne as experiências acumuladas entre 2008 e 2010 que subsidiaram a construção da política. O evento contará com a presença da presidente da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo.

Durante a programação paralela, também serão discutidas questões sobre etnodesenvolvimento e segurança alimentar e nutricional dos povos indígenas, visando fomentar o debate sobre alternativas que garantam, a estas populações, maior qualidade na alimentação e mecanismos de autossustentabilidade de suas terras a partir das especificidades de cada etnia.

Os outros temas relativos à gestão territorial e ambiental que serão tratados abordam 1) os programas de compensação socioambiental na visão dos povos indígenas Waimiri-Atroari e Tapeba e 2) a política de proteção de terras indígenas. O encerramento acontece no dia 21/6 com uma mesa de diálogos focando as terras indígenas Marãiwatsédé/MT e Cachoeira Seca/PA.

A programação paralela da Funai inclui uma exposição durante todo o período do evento. Haverá serviço gratuito de ônibus, diariamente, entre os locais oficiais da Rio+20 para o Museu do Índio, localizado na Rua das Palmeiras, 55, em  Botafogo, Rio de Janeiro/RJ.

Portal Gestão Ambiental

No evento paralelo da Funai na Rio + 20, haverá o lançamento do Portal Gestão Territorial de Terras Indígenas. O objetivo é tornar acessível, de forma dinâmica e interativa, um conjunto diverso de informações sobre o tema da gestão ambiental e territoriala fim de que povos e organizações indígenas e indigenistas, agentes de governo e sociedade civil possam consultá-las.

Entre as informações a serem disponibilizadas no site, estão: legislação relacionada ao tema; calendário de reuniões e eventos; documentos de governo e organizações indígenas e indigenistas abertos ao público; catálogo de experiências e iniciativas; descrição dos instrumentos de gestão ambiental e territorial; publicações; notícias; registros fotográficos e multimídias relevantes.

O portal ficará hospedado no site da Funai: www.funai.gov.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Curso Dimensões das Culturas Indígenas 2012

A partir de 11 de junho vão estar abertas as inscrições para o tradicional curso de férias Dimensões das Culturas Indígenas, do Museu do Índio. A iniciativa, que acontece todos os anos no MI, será realizada de 16 a 27 de julho. Este ano o tema será Arte e Meio Ambiente. Confira abaixo a programação.

PROGRAMAÇÃO

DIA 16 – SEGUNDA-FEIRA: DEMOGRAFIA DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL – MARTA AZEVEDO (UNICAMP/FUNAI)
DIA 17 – TERÇA-FEIRA: CINEMA ETNOGRÁFICO E POVOS INDÍGENAS – PATRÍCIA MONTE-MOR (UERJ)

DIA 18 – QUARTA-FEIRA: PATRIMÔNIO CULTURAL INDÍGENA – LUÍS DONISETE GRUPIONI (IEPÉ)

DIA 19 – QUINTA-FEIRA: HISTÓRIA E CULTURA MATERIAL NAMBIQUARA – ANNA MARIA RIBEIRO FERNANDES DA COSTA (IHGMT/IKUIAPÁ)

DIA 20 – SEXTA-FEIRA: MESA REDONDA COM CINEASTAS INDÍGENAS

DIA 23 – SEGUNDA-FEIRA: POVOS INDÍGENAS E COMUNIDADES QUILOMBOLAS - APROXIMAÇÕES E SOBREPOSIÇÕES POLÍTICAS E ETNOLÓGICAS - JOSÉ MAURÍCIO ARRUTI (UNICAMP)

DIA 24 – TERÇA – FEIRA: CULTURA MATERIAL KARAJÁ: CHANG WHAN (PRODOCLIN/MUSEU DO ÍNDIO)

DIA 25 – QUARTA-FEIRA: A CERÂMICA DO POVO PAITER SURUÍ DE RONDÔNIA: JEAN-JACQUES ARMAND VIDAL (ARTISTA PLÁSTICO)

DIA 26 – QUINTA-FEIRA: POLÍTICAS AMBIENTAIS E POVOS INDÍGENAS: DO BRASIL ESCRAVISTA AO SÉCULO XXI – JOSÉ AUGUSTO PÁDUA (UFRJ)

DIA 27 – SEXTA-FEIRA: MESA REDONDA – POVOS INDÍGENAS E PATRIMÔNIO CULTURAL

VAGAS LIMITADAS
TODOS OS INSCRITOS RECEBERÃO GRATUITAMENTE AS PUBLICAÇÕES DO MUSEU DO ÍNDIO.


TAXA DE INSCRIÇÃO: PROFISSIONAIS – R$ 250,00
ESTUDANTES – R$ 125,00
INSCRIÇÕES : A PARTIR DE 11 DE JUNHO DE 2012, DAS 10 ÀS 17 H NA COORDENAÇÃO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU DO ÍNDIO, RUA DAS PALMEIRAS, 55 – BOTAFOGO –RIO DE JANEIRO/RJ – CEP 22270-070 – TEL. 21-3214-8718
E-MAIL: divulgacao.cientifica@museudoindio.gov.br
http://museudoindiorj.blogspot.com.br/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Entrevista com Arilza Almeida chefe do Serviço de Atividades Culturais do Museu do Índio




Por Nícolas Sales (Bolsista de Jornalismo - FABICO/UFRGS)

O Museu da UFRGS conversou com Arilza de Almeida, chefe do Serviço de Atividades Culturais do Museu do Índio (RJ). A historiadora contou um pouco de sua formação e da produção da mostra “Tape-Porã, impressões e movimento - Os Mbya no Rio de Janeiro”, que foi idealizada no Museu do Índio e hoje faz parte da exposição Oretataypy, em cartaz no Museu da UFRGS até ­14 de julho de 2012.
"Eu sempre tive um olhar atento para a antropologia", contou. No primeiro ano do curso de História, em 1978, Arilza começou a estagiar no Museu do Índio, onde acabou construindo toda sua carreira. Há quinze anos é chefe do SEAC, departamento que dá conta da relação do museu com o público.
A exposição Tape-Porã foi fruto de um diálogo que ocorre há bastante tempo entre o Museu do Índio e os guaranis. Arilza explicou um pouco da idealização: “O projeto consistia em fazer junto com eles uma exposição, uma oficina fotográfica, e a venda do artesanato produzido nas oficinas. A participação dos índios foi muito efetiva, desde a criação até a montagem”. Embora existam cinco aldeias Mbya-Guarani no estado do Rio de Janeiro, localizadas nas cidades de Angra dos Reis e Parati, a historiadora acredita que grande parte da população carioca desconhecia a presença de tais povos, fazendo com que a mostra Tape-Porã fosse uma forma de aproximação entre as diferentes culturas.
Para Arilza, trabalhar com povos indígenas é uma experiência enriquecedora. “A gente convive com a diferença. Você acaba vendo outras soluções, modos diferentes de pensar”. Lembrou-se da ocasião em que um grupo indígena de rap da região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, se apresentou em um dos projetos do Museu do Índio. Vindos de uma realidade violenta, os membros do grupo usam a música como expressão e protesto. “Isso foi uma coisa muito marcante, porque mostrou o papel da instituição em possibilitar que os caminhos se abram para esse tipo de diálogo”.
A historiadora também comentou que novos lugares estão sendo pensados para receber a mostra Tape-Porã. Enquanto isso, não deixe de conferir no Museu da UFRGS a exposição Oretataypy, que ainda conta com o eixo “Nossas Moradas - Os Mbya-Guarani no Rio Grande do Sul”.
(Foto: DEDS/UFRGS)   http://www.ufrgs.br/museu/comunicacao/entrevistas/arilza-de-almeida