Juntos - Bruno, Clemerson, Charlie Peixoto, Kelvin Peixoto, Deejay Gio Marx e Dani formam o primeiro grupo de rap indígena do Brasil, criado em 2008, por isso despertam tantos interesses e não decepcionam.
“Eju Orendive”, a música mais executada do grupo no Youtube é a síntese do trabalho. O clipe, gravado pela Cufa (Central Única das Favelas) mostra jovens índios com o rap no meio da aldeia, entre muitos rostos indígenas.
Ao invés dos carrões e motos potentes dos rappers norte-americanos, o Brô MC’s aparece em bicicletas. A letra também é de protesto, fala de preconceito, de discriminação, de falta de oportunidades, e de como é ser invisível em uma sociedade onde índio não é tratado como gente por muitos.
“Chego e rimo o rap guarani kaiowá. Você não consegue me olhar e se me olha não consegue me ver”, revela a tradução.
Mas os meninos também deixam boas mensagens. “Vamos nós todos, índios, festejar. Vamos mostrar para os brancos que não há diferença e podemos ser iguais”.
O antropólogo Diógenes Cariaga reafirma que o maior mérito do Brô MC’s é se adequar sem deixar de ser índio” e para exemplificar isso cita trecho de outro rap do grupo: “Agora nossa rima vai em guaxiré”, dança tradicional guarani kaiowá.
Com essa mescla, o que os meninos querem mostrar é que “nós somos índios e nossa voz nunca vai se calar”, repete Bruno.
Imagem e texto retirados do site http://www.campograndenews.com.br/lado-b/diversao/rap-do-bro-mc-s-criado-em-aldeias-de-dourados-chega-ao-tv-xuxa
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