quarta-feira, 23 de maio de 2012

Destaque / PROGDOC


Programa de Documentação de Línguas e Culturas
Indígenas – PROGDOC.

Imagem retirada do site
http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2011/09/28/brasil-corre-para-registrar-linguas-indigenas-que-estao-desaparecendo/

No Brasil, vivem atualmente, em torno de 460 mil índios, distribuídos entre 225 diferentes grupos étnicos. Há ainda diversos outros que estão requerendo sua condição indígena, além de cerca de 60 referências a grupos ainda não contatados. Trata-se de uma grande diversidade linguística e cultural que precisa ser melhor conhecida, documentada e preservada. Este patrimônio encontra-se sob ameaça de desaparecer, em grande parte, no decorrer deste século. O Museu do Índio coordena, desde 2009, um esforço nacional de registro e documentação para proteger, reforçar e revitalizar as muitas línguas e culturas indígenas ainda existentes no território brasileiro. O trabalho é dividido em três áreas de atuação – Prodoclin, Prodocult e Acervo – e desenvolvido em conjunto com o Instituto Max Planck, da Alemanha, e várias universidades e centros de pesquisa do País, com o apoio da Fundação Banco do Brasil e da Unesco. O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas – PROGDOC atua em 109 aldeias de norte a sul do Brasil, com a participação e intervenção direta dos índios, possibilitando a documentação e o registro de aspectos específicos de 39 culturas, beneficiando uma população superior a 28 mil índios. Todo o material produzido está
consolidando um acervo digital, em segurança no Museu do Índio, que garante a sua disponibilidade mesmo daqui a 20 ou 50 anos.Os povos indígenas já começaram a receber os frutos desse trabalho. O Museu do Índio já preparou e entregou 7 dossiês às comunidades Xavante (MT), Ikpeng (MT), Rikbaktsa (MT), Paresi (MT), Wajãpi (AP),Maxakali (MG) e Kanoê (RO). Os dossiês reúnem registros audiovisuais, acervos tratados e digitalizados, dicionários, gramáticas, materiais de divulgação como vídeos, CDs e DVDs, entre outros produzidos durante o projeto. Seus conteúdos são validados e qualificados por mestres e especialistas de cada comunidade para uso em escolas e centros de documentação nas aldeias e terras indígenas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário