terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

LAKUH




Lakuh-área externa do Museu



Lakuh-área interna do Museu
 
A exposição A Presença do Invisível, no Museu do Índio, trata dos Povos Indígenas do Baixo Oiapoque, Karipuna, Galibi, Galibi Kali´na, Galibi Marworno e Palikur.
O LAKUH, círculo cerimonial montado para a realização do Turé, festa de agradecimento aos seres sobrenaturais ou invisíveis (Karuãna) pelas curas que eles propiciam por meio das práticas xamânicas dos pajés.
Fazem parte do Turé os mastros enfeitados, os grandes bancos da cobra grande, do jacaré e do colhereiro, onde se sentam os convidados, no espaço sagrado chamado lakuh ou piroro. Junto ao mastro, fica o banco do pajé e o seu pakará, cesto onde guarda o maracá e os cigarros tawari. Os participantes bebem e oferecem aos invisíveis grandes quantidades de caxiri. Caxiri e Turé são praticamente indissociáveis.
Tudo tem um sentido dentro do lakuh e todos eles referem-se ao Outro Mundo. O mastro central é por onde descem os Karuãna que chegam pelo ar para participar da festa e são vigiados por Uaramim, a pomba-Karuãna disposta no topo do mastro. É também onde os Karuãna descansam quando não estão dançando ou bebendo caxiri com seus anfitriões. Os bancos são os próprios Karuãna cujas formas, pinturas e grafismos são sonhados pelos pajés antes do início dos preparativos do ritual. Já os cantos, são uma espécie de convite e homenagem às pessoas invisíveis chamadas para participar da grande festa, onde dançam e bebem, por dois dias, homens, mulheres, velhos, jovens e Karuãna.

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