As marcas (mac, em patoá) formam um conjunto expressivo e específico de motivos decorativos, pintados, gravados, trançados e recortados, em diferentes suportes e objetos da vida cotidiana ou cerimonial. Apesar da grande padronização dos motivos, cada artesão tem seu estilo, sua excelência técnica e artística. Novas marcas podem ser inventadas e algumas, meio esquecidas, relembradas.
Tradicionalmente, estas marcas são sempre motivos geométricos, abstratos e nomeados. Representam, enquanto ícones, espécimes da flora e da fauna, especialmente a pele, as escamas, cascos e rastros de animais, cascas de árvores e elementos naturais, como estrelas ou nuvens. Atualmente, há desenhos mais figurativos, reproduzindo cenas do cotidiano, da mitologia ou copiados de revistas e livros.
Os homens sonham as marcas ensinadas pelas entidades (karuãna), geralmente pela mediação do pajé, que as repassa para os artesãos responsáveis pela manufatura de mastros e bancos cerimoniais. As mulheres dizem seguir a tradição ou fazer algo orientado pelo seu próprio espírito. Um acervo convencional, mas aberto a variações e novos padrões.
Quando as marcas são pintadas, os artesãos usam cores naturais de origem vegetal ou mineral, especialmente o urucu, o jenipapo e cumatê, ou corantes comprados no comércio de Oiapoque. O matizado da cestaria é obtido passando o preto da fuligem nas talas de arumã.
As colheres de madeira (cuiê em patoá e kuyérahá em palikur) são artefatos típicos da região do Uaçá. Os homens fabricam a colher com madeira de jenipapo e as mulheres se responsabilizam pela pintura feita com a tinta preta de cumatê, extraída da casca de uma árvore. São confeccionadas em vários tamanhos: as maiores são utilizadas no preparo da alimentação para as grandes festas ou assembléias gerais e as menores servem para o preparo das sopinhas do bebê. Os artesãos retiram da fauna local a inspiração para a confecção dos diferentes tipos de colheres.
As cuias são objetos simples, leves, redondos e aconchegantes. Pintadas, marcadas, desenhadas, propiciam múltiplos usos na vida cotidiana, ritual e religiosa. Cuias grandes são para servir o xibé (bebida de água e farinha, refrescante e nutritiva) ou o caxiri (bebida fermentada) durante as festas do Turé, do Tambor, do Divino Espírito Santo e de Santa Maria. No dia a dia, as cuias são usadas para comer ou para servir farinha, tapioca, tucupi, açaí, bacaba ou tacacá. Servem, ainda, para pegar água ou para guardar miudezas, como sementes ou miçangas.
As cuias são objetos simples, leves, redondos e aconchegantes. Pintadas, marcadas, desenhadas, propiciam múltiplos usos na vida cotidiana, ritual e religiosa. Cuias grandes são para servir o xibé (bebida de água e farinha, refrescante e nutritiva) ou o caxiri (bebida fermentada) durante as festas do Turé, do Tambor, do Divino Espírito Santo e de Santa Maria. No dia a dia, as cuias são usadas para comer ou para servir farinha, tapioca, tucupi, açaí, bacaba ou tacacá. Servem, ainda, para pegar água ou para guardar miudezas, como sementes ou miçangas.
Os povos indígenas do Oiapoque dominam a arte da cestaria e com ela produzem peneiras, tipitis, esteiras, abanos, cestos, jamaxins e suportes para ornamentos plumários. Cada um desses objetos exige que o cesteiro tenha conhecimentos muito precisos sobre as matérias-primas a serem utilizadas e sobre o ato de entrecruzar as fibras.
Muitas marcas e desenhos tradicionais são reproduzidos na cestaria, seja pelo próprio modo de entrecruzar as talas de arumã ou pelo uso contrastivo de fibras de cor natural e pintadas de preto ou vermelho, que produzem desenhos matizados.
Esculturas em madeira são uma das atividades mais expressivas entre os povos indígenas do Uaçá. Trabalhar a madeira é uma tradição na região. Entre os esculpidos, sobressaem-se os bancos que representam os bichos da natureza e seus espíritos, os karuãna, sob a forma de aves especialmente, mas também cobras e jacarés. Os bancos maiores são utilizados durante o Turé e os menores são do pajé, quando ele oficia, durante as curas e as festas.
A madeira mais usada para essas esculturas é o louro. Elas são recobertas de pinturas, elaboradas com tintas nativas, e com desenhos como o kuahi, dãdelo
e com desenhos como o kuahi, dãdelo, kaho, lakãsiel (arco-íris), estrela d’alva, além das marcas iarari (as nuvens da aurora), macoco (pontinhos), desenhos e esculturas de estrelas wakuramõn e adamnã (pintura corporal). As formas e os desenhos são sonhados pelo pajé, de acordo com o Turé e os bichos da mata e do fundo que ele quer homenagear. Muitos artistas também esculpem representações em miniatura de bichos, especialmente aves, para enfeite e venda de artesanato. Neste caso, cada artista exercita sua criatividade.
Imagens e textos retirados do site http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/objetos/
Muitas marcas e desenhos tradicionais são reproduzidos na cestaria, seja pelo próprio modo de entrecruzar as talas de arumã ou pelo uso contrastivo de fibras de cor natural e pintadas de preto ou vermelho, que produzem desenhos matizados.
Esculturas em madeira são uma das atividades mais expressivas entre os povos indígenas do Uaçá. Trabalhar a madeira é uma tradição na região. Entre os esculpidos, sobressaem-se os bancos que representam os bichos da natureza e seus espíritos, os karuãna, sob a forma de aves especialmente, mas também cobras e jacarés. Os bancos maiores são utilizados durante o Turé e os menores são do pajé, quando ele oficia, durante as curas e as festas.
A madeira mais usada para essas esculturas é o louro. Elas são recobertas de pinturas, elaboradas com tintas nativas, e com desenhos como o kuahi, dãdelo
e com desenhos como o kuahi, dãdelo, kaho, lakãsiel (arco-íris), estrela d’alva, além das marcas iarari (as nuvens da aurora), macoco (pontinhos), desenhos e esculturas de estrelas wakuramõn e adamnã (pintura corporal). As formas e os desenhos são sonhados pelo pajé, de acordo com o Turé e os bichos da mata e do fundo que ele quer homenagear. Muitos artistas também esculpem representações em miniatura de bichos, especialmente aves, para enfeite e venda de artesanato. Neste caso, cada artista exercita sua criatividade.
Imagens e textos retirados do site http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/objetos/
professora eu gostei muito na parte da cuia saber que eles usa-o para rituais e coisas religiosas
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