Ye’pa Bahuriagó Mahsõ
As artes nas culturas dos povos indígenas fazem parte da vida, do nosso dia-a-dia especialmente nos dias dos rituais, participando dos momentos das pinturas faciais e corporais e nos artefatos. O povo Ye’pamahsã (tukano) tem especialidade para fazer o kumurõ (banco) que passa geração a geração, e a técnica de incrustar para os povos indígenas é milenar já é usado a muito tempo nas construções de artefatos , a pintura que é aplicado para pintar o banco são extraído da natureza, é uma arte artesanal que funciona como identidade étnica. Na arte retrato a riqueza da história com as simbologias dentro da nossa cultura, assim trabalhando com a temática do povo da minha origem e ao mesmo tempo em que faço é um registro importante, com todo respeito da diversidade na aplicação e produção dos grafismos que representam na compreensão do universo do povo que vai a um encontro e desencontro como a vida.
Grafismo – Suakê
Os Ye’pa mahsãtem a especialidade de fazer kumurõ que é exclusivo do povo, assim a arte artesanal que formam a rede de trocas na região do Alto Rio Negro no noroeste do amazonas, envolvendo vários povos indígenas. Nesse sistema tradicional, os kumurõs Ye’pamahsã estão ao lado dos ralos de mandioca do Baniwa, das canoas dos Tuyuka e Bará, da cestaria dos Dessana, dos cestos de carga Maku e outros. Esses artefatos kumurõ, os ralos Baniwa e os aturásMaku são objetos mais característicos e inconfundíveis da região do Alto Rio Negro.
Semê hori te’é momori hori nin di’ah – Composição dos grafismos do desenho da borboleta com desenho do couro de paca
É importante divulgar a defender a nossa arte e cultura, para manutenção das futuras gerações e com preocupação com meio ambiente integrando homem, natureza e conhecimento, pois a Arte é um dos meios de divulgação das culturas e direitos dos povos indígenas através da defesa das obras e textos.
Ye’pamahsun Kum Ña’tüo’ñarõ- Olhar pensar Ye’pamahsun .
Colaborador: Bu’ú Kennedy, do povo Ye’pamahsã (Tukano), Município de São Gabriel da Cachoeira localização geográfica noroeste do Amazonas – Brasil fronteira com Colômbia.
“A técnica que utilizo é marchetaria que é arte de incrustar ou embuti pedaço de lamina de madeira(certificada de origem com manejo e responsabilidade ambiental e reciclada) diferente e recortado para fazer e formar paisagem, grafismo alto relevo e entre outros.”
“É importante participar das mostras e prêmios para mostrar nossas artes, da nossa forma com todo respeito a diversidade, ousar com nosso espirito de guerreiro e confiar a si mesmo. Para que cheguem ao conhecimento da sociedade em especial as crianças, conhecendo respeitarão a diversidade e serão futuros defensores e bons cidadãos. “
Por: Marina Cândido Marcos
Não me canso de aprender sobre a arte indígena. É uma cultura que não tem fim. Quando penso que já aprendi e conheci tudo, vem um blog como o seu e me traz ainda mais conhecimento sobre o que é a arte indígena. Gratidão!
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