Este blog é iniciativa do Serviço de Atividades Culturais do Museu.Ligado ao SEAC temos o Núcleo de Produtos Culturais/NUPROC, que oferece coleções etnográficas para escolas e instituições culturais sob a forma de empréstimo.O Núcleo de Atendimento ao Público/NUAP, também ligado ao SEAC, promove o agendamento de visitas guiadas para escola e grupos às áreas expositivas. Venha conhecer o Museu, divirta-se e conheça mais sobre os nossos povos indígenas.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Indígenas e Internet: divulgação, propagação da cultura e denuncias(Etno-jornalismo)
Publicado em: 24/07/2012
Por: Marina Cândido Marcos
Alex Makuxi, fala sobre a internet e povos indígenas: etno-jornalismo indígena. Através da internet, são feitas denuncias divulgação e a propagação da cultura indígena( redes sociais, vídeos, fotos, textos, informações, documentários, filmes, comunidades, blogs, etc)
Sou Alex Makuxi (Alex Barbosa dos Santos) do povo indígena Makuxi, nasci na Aldeia São Jorge / Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em 16/08/1990
To me formando em História, Pela Universidade Federal de Roraima.
Atualmente eu trabalho no Sindicato dos Professores da UFRR, e faço parte da Rede Indios On Line e do Grupo Índio Educa.
Alex Makuxi
Milito no movimento indígena desde meus 13 anos de idade, lembro que chegava a sair de casa sem avisar minha mãe, a exemplo do meu irmão mais velho fui até a fim na luta pela homologação da raposa serra do Sol, lembro que as vezes passávamos noites acordados, quando fazíamos mobilizações, pois os ataques dos jagunços dos fazendeiros eram constantes. Sempre fiz parte do Conselho Indígena de Roraima, que é a maior organização Indígena do estado. Mais também faço parte de outras organizações Indígenas como: TWM (significa Taurepang, Wapichana e Makuxi), OPIRR (Organização dos Professores Indígenas de Roraima), e há três anos acompanho a Organização dos Índios da Cidade de Boa Vista – ODIC.
Minha aldeia se chama são Jorge, onde nasci e me criei até sair para a faculdade, ela fica dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Cinemaartes: Qual importância da internet para indígenas?
Alex Makuxi:
Uma vez que a internet chega até as comunidades Indígenas, facilita o acesso do índio ao maior meio de comunicação. Os Objetivos da implantação da internet são vastos, mais em primeiro lugar o Acesso ao Ensino Superior e a formação em informática.
A internet ela facilita a formação de um elo de várias aldeias e povos, muitas das vezes facilitados pelas redes sociais. Outra importância da internet é mostrar o etno-jornalismo indígena. Através da internet, são feita denuncias divulgação e a propagação da cultura indígena.
Sou Alex Makuxi (Alex Barbosa dos Santos) do povo indígena Makuxi, nasci na Aldeia São Jorge / Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em 16/08/1990
To me formando em História, Pela Universidade Federal de Roraima.
Atualmente eu trabalho no Sindicato dos Professores da UFRR, e faço parte da Rede Indios On Line e do Grupo Índio Educa.
Alex Makuxi
Milito no movimento indígena desde meus 13 anos de idade, lembro que chegava a sair de casa sem avisar minha mãe, a exemplo do meu irmão mais velho fui até a fim na luta pela homologação da raposa serra do Sol, lembro que as vezes passávamos noites acordados, quando fazíamos mobilizações, pois os ataques dos jagunços dos fazendeiros eram constantes. Sempre fiz parte do Conselho Indígena de Roraima, que é a maior organização Indígena do estado. Mais também faço parte de outras organizações Indígenas como: TWM (significa Taurepang, Wapichana e Makuxi), OPIRR (Organização dos Professores Indígenas de Roraima), e há três anos acompanho a Organização dos Índios da Cidade de Boa Vista – ODIC.
Minha aldeia se chama são Jorge, onde nasci e me criei até sair para a faculdade, ela fica dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Cinemaartes: Qual importância da internet para indígenas?
Alex Makuxi:
Uma vez que a internet chega até as comunidades Indígenas, facilita o acesso do índio ao maior meio de comunicação. Os Objetivos da implantação da internet são vastos, mais em primeiro lugar o Acesso ao Ensino Superior e a formação em informática.
A internet ela facilita a formação de um elo de várias aldeias e povos, muitas das vezes facilitados pelas redes sociais. Outra importância da internet é mostrar o etno-jornalismo indígena. Através da internet, são feita denuncias divulgação e a propagação da cultura indígena.
Cinemaartes: Sobre os crimes contra direitos indígenas na internet (racismo/preconceitos/discriminação/) qual sua opinião?
Alex Makuxi:
Então é notável esses tipos de crimes cada vez mais explícitos, exemplo disso é nos comentários que recebemos no site da rede Indios On Line, onde pessoas fazem comentários preconceituosos e racistas contra os povos Indígenas. Outro tipo de crime é uma visão colocada pelos livros didáticos nas cabeças pensantes dos alunos, uma visão equivocada de que o índio mora na floresta, ou anda nu. Isso torna a nossas estadias em cidades ridicularizadas. Uma vez que se identificamos como índios, somos taxados de bagunceiros, bêbados, e em muitos casos muitos se calam.
Para evitar esses tipos de crimes, é preciso bem mais que o simples disk denúncia da Policia Milita, ou mesmo o de denuncia da Internet da Policia federal. Pois vejamos que o preconceito que é exposto na internet, é amadurecido nas ruas e nas redes de TV, isso torna cada vez mais difícil o combate a esse tipo de crime. Embora uma ação conjunta MPF e Polícia federal resolvessem alguns casos desse tipo, mais do outro lado existem outros casos que ficam ao relento.
Meu trabalho está disponível em meu blog: www.alexmakuxi.blogspot.com.No Site da rede índios on line, onde atualmente faço parte da gestão www.indiosonline.net e no site do Indio Educa, que é um grupo de acadêmicos indígenas com algumas parcerias, que buscam através da internet trazer subsídios para se trabalhar a temática Indígena na escola: www.indioeduca.org
Meu e-mail de contato pessoal é alex.makuxi@gmail.com, meu facebook :https://www.facebook.com/alex.makuxi
Por equipe: www.cinemaartes.blogspot.com
Entrevista concedida para CinemaArtes.
http://www.indioeduca.org
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Estereótipos indígenas e a programação infantil das mídias
Publicado em: 24/07/2012 | Categoria: Atualidade
Por: Marina Cândido Marcos
Marina Cândido Marcos, indígena Terena, nasceu em Campo Grande-MS, estudante de Geografia, pela Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD
Os estereótipos são as manifestações das mais antigas em nossa cultura, pois estão nos contos de fadas, nas narrativas populares e na medida em que ela vem sendo repetida ao longo dos tempos se tornam frases feitas e vem ao nosso primeiro pensamento.
E, isso acontece com os povos indígenas, com os “indiozinhos da floresta”, através da mídia, pela própria escola e pela nossa própria cultura familiar. Para exemplificar, temos os desenhos infantis, programas, etc.
Os desenhos infantis trazem uma séria de estereótipos relacionados ao índio, como vemos por exemplo o Pica Pau, em que ele traz o índio americano de forma deturpada, fazendo a “dança da chuva”, usando as palavras “mi” “quer” e reforça o estigma do índio americano, peles-vermelhas, colocando assim como sendo uma única cultura. O programa Cocoricó traz um vídeo chamado “Tudo mundo fala a língua de índio”, que traz este estigma e sem falar na famosa música da Xuxa, e que todo dia 19 de abril toca nas escolas, com crianças pintadas de índio e fazendo danças em círculos.
Atualmente tem um DVD muito famoso chamado galinha pintadinha que traz uma música intitulada “Indiozinhos” – “1,2,3 indiozinhos…” E, traz uns macaquinhos pendurado na árvore fazendo “úúúúú” com a mão sobre a boca.
Isso só vem reforçar na mente infantil os estereótipos do índio, como colocada na música, o indiozinho na canoa e com os macaquinhos cantando! E isso acaba naturalizado na mente das crianças, se tornando senso comum.
Há um grande número de material didático que conta a história dos povos indígenas, é desse material que as escolas precisam. Exemplo como: o Vídeo nas Aldeias é um projeto que traz uma série de vídeos sobre a cultura indígena e assim fortalecendo suas identidades indígenas.
Livros como dos escritores indígenas Daniel Munduruku, Olivio Jekupe Yaguarê Yamã, Roni Wasiry, entre outros, que trazem a literatura infantil indígena.
E o grupo da qual faço parte juntos com outros acadêmicos indígenas, que é o Índio Educa (www.indioeduca.org), um portal que tem como foco, trazer a cultura indígena, a partir de nossa visão, e pode ser encontrado diversos materiais didáticos, e pode ser aproveitado pelos professores e alunos. Temos uma lei que obriga a incluir o ensino “Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, porém é pouco explorado em sala de aula. É importante estar criando esse diálogo com a sociedade, começando em sala de aula, pois é lá que os alunos acabam por fantasiar a figura do “índio genérico”.
Acredito que trabalhos como dos escritores indígenas, dos vídeos, do Grupo Índio Educa, só vem a trazer uma nova visão para os não indígenas, e estar desconstruindo essa visão estereotipada com a história e cultura indígena. http://www.indioeduca.org/?p=1750
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